O destino do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato poderá ser decidido nesta quarta-feira pelo Tribunal Administrativo Regional (TAR) de Roma.
O advogado Alessando Sivelli argumenta no recurso que houve violação do direito de defesa do ex-diretor do BB. Isso porque o ministro da Justiça, Andrea Orlando, decidiu pela extradição de Pizzolato com base em documentos enviados pelo governo brasileiro que não foram apresentados à defesa. Além disso, tal decisão contraria a recente lei aprovada pelo Parlamento italiano, que permite aos cidadãos locais, condenados no Brasil, cumprirem sentença na Itália. A legislação é um acordo judicial entre os dois países, e apesar de não ter sido ratificado no Brasil, é válida no país europeu.
Caso o recurso seja aceito, Henrique Pizzolato poderá ser colocado em liberdade e recomeçar na Corte de Apelação de Bolonha o processo de extradição.
Pizzolato fugiu para a Itália em novembro de 2013, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou o último recurso de sua defesa e expediu mandado de prisão pela sua condenação pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.