Delgado diz que as conversas “ainda estão acontecendo”, mas integrantes da legenda e da base governista no Legislativo dão como certa a participação, principalmente em função da nomeação de Laudo, braço direito de Delgado no comando do PSB mineiro. Além dos dois, o PSB indicou um terceiro integrante para fazer parte do governo Pimentel, o vice-presidente da legenda, Adenor Simões, cuja nomeação ainda não foi publicada, mas é esperada para os próximos dias.
Todos são ligados ao grupo capitaneado por Delgado, que disputa o comando do PSB mineiro com o prefeito Marcio Lacerda. Isaías foi quem deu parecer favorável à anulação da convenção que elegeu Pier Senesi, aliado de Lacerda e secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura, presidente do PSB da capital mineira. Também a eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem divide os socialistas e provoca nova disputa entre Lacerda e Delgado.
Delgado disse que a participação do partido no governo do estado é de interesse dos deputados estaduais e federais, mas afirma ter sido pego de surpresa pela nomeação de Laudo e Isaías. Ele nega que as indicações tenham a ver com as eleições de 2016, já que Laudo foi nomeado para o cargo de diretor de pesquisa do Instituto de Geoinformação e Tecnologia, órgão ligado à pasta de Ciência e Tecnologia, comandada por Miguel Correa Júnior (PT), um dos pré-candidatos do PT à Prefeitura de BH. “Não tem nenhuma ligação com a questão da capital e sim com a participação do PSB no governo Pimentel”, garante Delgado. Nenhum dos dois foi localizado pela reportagem para comentar as novas funções.
Nas eleições para o governo de Minas, Delgado tentou levar o partido a apoiar o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, mas, pressionado pela candidatura de Marina Silva (PSB), acabou lançando seu pai, Tarcísio Delgado (PSB), para o governo de Minas..