Roma - O Tribunal Administrativo Regional do Lazio julgou nesta quarta-feira, 03, o recurso da defesa do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, para que ele não seja extraditado e cumpra sua pena na Itália. Pizzolato fugiu do Brasil após ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão. A decisão do tribunal deve sair no final do dia.
A sessão durou cerca de meia hora. Pizzolato foi ao tribunal. Ele foi representado pelos seus advogados, Allessandro Civelli e Emannuele Fragasso. Michelle Ventillone, advogado contratado pelo Governo brasileiro e Giuseppe Auzenzio, representante do Ministério da Justiça Italiano também estavam presentes.
A defesa de Pizzolato entrou com o recurso no mês passado, após o Ministério da Justiça da Itália ter autorizado a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil. Horas depois da veiculação do recurso pela imprensa, o Tribunal Administrativo de Roma - instância que permite aos cidadãos italianos questionarem decisões do governo, sem equivalentes no Estado brasileiro - concedeu liminar que suspendia temporariamente o retorno de Pizzolato ao Brasil.
Se o tribunal rejeitar o recurso, o processo retorna ao Ministério da Justiça da Itália até que seja fixada uma nova data para a extradição de Pizzolato. A partir disso, o governo brasileiro terá o prazo de 20 dias para realizar a transferência do ex-diretor do Banco do Brasil. Nesse intervalo, a defesa pode entrar com novo recurso na 2ª Instância do Tribunal Administrativo.