Dilma saiu do Palácio da Alvorada às 7h10, seguida por um carro com seguranças, e retornou à residência oficial por volta de 8h40. Informações dão conta de que a presidente quer agora treinar em outros locais, e não só nas imediações do Alvorada.
As pedaladas de Dilma acabaram reforçando a "agenda positiva" que o governo quer emplacar depois do ajuste fiscal. Ela começou a fazer o exercício por recomendação da equipe que cuida de sua dieta, mas a ideia também é mostrar uma presidente menos sisuda - em meio à crise política e a notícias áridas na economia -, vestindo o figurino "gente como a gente".
Em mais de uma ocasião, Dilma confidenciou a jornalistas que "não dá tempo de ter solidão" no governo, mas admitiu sentir falta de uma rotina mais comum, porque adora ir ao cinema, visitar museus e assistir a peças de teatro e ópera.
"Vocês não sabem o valor do anonimato", disse ela, em um dos cafés da manhã com jornalistas, ainda no primeiro mandato. "Andar na rua é uma coisa que ninguém dá valor. Você só dá valor quando você não anda mais na rua de forma livre. É disso que sinto mais falta."
Desde que começou a dieta do endocrinologista argentino Maximo Ravenna, no fim do ano passado, Dilma já emagreceu 15 quilos. "Estou em forma e dou um cansaço danado em vocês", costuma dizer ela aos repórteres, quando dá suas escapadas em viagens internacionais.
Com a dieta, Dilma cortou carboidratos, parou de comer doces e sempre toma um "caldo quente" antes das principais refeições.
Após dar suas pedaladas, nesta quinta-feira, a presidente se encontrou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no Alvorada. Outro adepto de Ravenna, por "ordem" de Dilma, Cardozo já perdeu 14 quilos. Sempre que vê um auxiliar com alguns quilos a mais, ela receita logo o regime. Um "ajuste alimentar", brincam assessores..