Guimarães lembrou que o projeto é fundamental para a estratégia de ajuste fiscal proposto pelo Executivo. Explicou que o governo não pretende atender mudanças no texto que reduz benefícios fiscais concedidos para poupar alguns dos setores contemplados, como os de comunicações e transportes.
“Imagina se formos começar as discussões excepcionalizando. Qual o cirtério? Por que excepcionalizar as comunicações e não a indústria? Vamos ter que discutir questões que são fundamentais como a vigência imediata. O governo considera que não podemos fazer excepcionalidade porque é injusto com outros setores da economica, mas vamos dialogar com o relator”, afirmou o líder.
O relator da proposta, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), é um dos deputados que acompanham o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em viagem ao Oriente Médio. O grupo só retorna amanhã a tarde. Segundo Guimarães, na quarta-feira pela manhã Picciani tem uma reunião marcada com Temer e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para conversar sobre o projeto de lei. Ele acrescentou que, pela tarde, haverá uma reunião do Colégio de Líderes, quando será debatida a necessidade de uma reforma mais ampla sobre a Previdência e também sobre o projeto de lei da desoneração.
A menos de quatro semanas do recesso parlamentar de julho, José Guimarães disse que além do PL da desoneração, o governo pretende votar a Medida Provisória 672/15, que estende a atual política de reajuste do salário mínimo até 2019 e a MP 670 que prevê reajustes na tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
“Se votar até o inicio de julho o PL da desoneração e as duas Mps e fizermos um bom debate sobre a maioridade penal, penso que fizemos um bom semestre”, avaliou o líder.