O diretório do PSDB de São Paulo terá que intervir para acabar com a disputa interna pelo comando da legenda na capital paulista. Depois de uma convenção conturbada no dia 31, dois grupos passaram a reivindicar os cargos da executiva tucana. De um lado está o vereador Mario Covas Neto, que foi eleito presidente do diretório paulistano, e de outro o ex-deputado Milton Flávio, aliado do suplente de senador José Aníbal, que controlava politicamente o partido na cidade.
O gesto gerou descontentamento entre aliados de Aníbal e dos deputados federais Bruno Covas e Ricardo Tripolli, todos virtuais pré-candidatos em 2016. Depois de uma "prévia" em um hotel na capital, os adversários de Zuzinha escolheram Fábio Lepique, diretor de gestão da Companhia Paulista de Obras e Serviços e ex-coordenador de campanha do governador Geraldo Alckmin, como candidato do grupo.
Apesar de derrotado, o grupo tentou impor a Zuzinha a indicação dos cargos da executiva em uma reunião tensa na quinta-feira. Diante do impasse, as duas facções apresentaram atas ao diretório estadual. O acirramento da divisão preocupa a cúpula tucana no Estado, que planeja lançar um nome "novo" na campanha pela prefeitura. Desde a fundação do partido só Alckmin e José Serra disputaram o cargo.
O secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e o empresário João Doria, presidente do Grupo de Líderes Empresariais, passaram a ser citados como opções tucanas para se chegar a um consenso. Outro nome ventilado, o senador Aloysio Nunes, anunciou que não será candidato e nem planeja mudar seu título para capital - ele vota em São José do Rio Preto.