Simão lembrou que, embora haja atualmente 29 processos de responsabilização de empresas no âmbito da Operação Lava Jato, ainda não houve nenhuma declaração de inidoneidade, o que, de fato, impediria a contratação com o poder público. Para ele, é possível que algumas dessas empresas venham a participar de algum dos processos de concessões já que parte dessas empresas atuam no âmbito de infraestrutura e logística. Contudo, o ministro lembrou que o que deve acontecer amanhã é apenas o lançamento do programa. "Os processos licitatórios não começam amanhã. Cada processo tem uma história diferente", lembrou. Está previsto para esta terça-feira o anúncio de uma nova rodada de concessões em infraestrutura, nas áreas de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.
O dirigente da CGU participou de evento no Ministério da Justiça, em Brasília, que lançou um edital de consulta pública sobre corrupção.
Financiamento de campanha
Ao falar em combate à corrupção, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que um dos principais pontos a serem discutidos é o sistema político. "Nosso sistema político é anacrônico e ensejador de corrupção", declarou.
Segundo ele, a reforma política, que está sendo debatida no Congresso Nacional, "é a mais importante das nossas reformas", disse. "Quem imaginar que o problema de corrupção se resolve com varinha de mágica está enganado."
O ministro disse que, se não houver mudanças no sistema político, não haverá combate a "uma das principais formas de corrupção." Cardozo afirmou ainda que, pessoalmente, defende o financiamento público das campanhas, bandeira do seu partido, o PT..