Segundo levantamento feito pelo Transparência Brasil, nas 13 capitais com maiores índices de Produto Interno Bruto (PIB) per capita, uma média de R$ 35,3 mil por ano, o gasto mensal por cabeça com os vereadores é de R$ 22,3 mil. Já nas 13 mais pobres, com PIB per capita em média de R$ 15,9 mil anuais, as câmaras gastam R$ 25,8 mil por vereador, 16% a mais.
No Legislativo estadual a diferença é ainda maior. Entre as assembleias pesquisadas, o gasto mensal com verbas parlamentares nas 12 economias mais pobres (cujo PIB per capita é de R$ 11,8 mil) é de R$ 61,5 mil enquanto nos 12 estados com PIB per capita mais alto (R$ 28,6 mil) são de R$ 51,3 mil. Pela Constituição Federal, os deputados estaduais recebem até 75% do que ganham os federais e os vereadores podem chegar à mesma proporção em relação aos representantes das assembleias. Isso tem sido seguido na maioria das casas legislativas, segundo o estudo.
O Transparência Brasil mostra que, com o reajuste no início deste ano para os parlamentares de Brasília, os deputados estaduais de 25 unidades da federação, incluindo os de Minas Gerais, recebem R$ 25,3 mil de subsídio e em outras duas o salário é cerca de R$ 100 menor. No caso das câmaras municipais, 10 capitais fixaram o salário no teto de R$ 15 mil.
No quesito orçamento geral das casas legislativas, os legislativos estaduais custam de 0,07% a 2,26% do PIB estadual. Em números absolutos o maior gasto é o da Assembleia mineira, que orçou para este ano R$ 1,276 bilhão (0,32% do PIB). A de Roraima, que projetou um gasto de R$ 165,4 milhões está no topo da relação do PIB, com 2,26%. .