Acusado de pagar propina para funcionários da Petrobras, o representante da construtora de navios SBM Offshore no Brasil, Júlio Faerman, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, mas o procedimento aguarda homologação da Justiça. O ex-lobista foi autorizado pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, a permanecer em silêncio durante depoimento que marcado para esta terça-feira, na CPI da Petrobras. No despacho, a ministra leva em conta o fato de que Faerman firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria em maio deste ano.
No pedido da defesa de Faerman ao Supremo para que o ex-lobista pudesse se manter em silêncio, os advogados expõem à ministra o fato de o réu já ter firmado um acordo de delação com o Ministério Público Federal em 12 de maio deste ano. O texto diz ainda que o acordo aguarda homologação da Justiça.
O ex-gerente da estatal e delator da Lava Jato, Pedro Barusco, admitiu ter recebido propinas da empresa holandesa desde o primeiro contrato de navio-plataforma da Petrobras firmado com a SBM Offshore em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).