São Paulo - A ex-candidata presidencial Marina Silva repetiu que a proposta do seu projeto de partido, Rede Sustentabilidade, é se financiar com recursos públicos e de doações de pessoas físicas. Ela disse que em breve a Rede terá um congresso e disse não ter dúvidas de que essa proposta será aprovada formalmente.
Marina reclamou que a Rede sofrerá com uma legislação criada para prejudicar novas legendas, já que os parlamentares que migrarem para a nova agremiação, segundo a legislação mais recente, não levarão tempo de TV e fundo partidário. Ela reclamou ainda que, quando da criação do PSD, de Gilberto Kassab, a "mais alta Corte do País", uma referência ao Tribunal Superior Eleitoral, possibilitou que a legenda ganhasse o tempo e o recurso dos novos filiados.
Marina se disse esperançosa da criação formal da Rede. O grupo entregou recentemente as assinaturas de apoio que faltavam ao TSE e trabalha com a expectativa de receber a certificação de partido político até o fim deste mês. Em 2013, a Rede não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para se tornar partido a tempo das eleições de 2014, levando Marina a se aliar ao PSB de Eduardo Campos.
Crise
Questionada sobre o momento de crise econômica e política, Marina disse que "não é o momento de tirar proveito da crise", mas defendeu um trabalho conjunto pelo País. Também fez uma recomendação indireta ao governo Dilma Rousseff na condução da economia. "Não é momento de ficar preocupado com popularidade, mas de recuperar credibilidade", afirmou.