O prefeito da capital paulista disse não ter visto "críticas formais" do partido ao ministro, apenas "comentários de debate interno". Após a declaração da presidente Dilma Rousseff ao jornal O Estado de S. Paulo, em entrevista exclusiva, dizendo que não se pode transformar Levy em "Judas", a direção e a ala majoritária do partido amenizaram críticas ao ministro.
O PT se reúne de quinta-feira, 11, a sábado, 13, em Salvador no 5º Congresso do partido. O prefeito de São Paulo disse que pretende ir ao evento, mas não tem confirmação. "Tenho um compromisso na sexta-feira à noite ao qual não posso faltar, mas pretendo ir", afirmou.
Tributos
O prefeito fez hoje críticas à forma de arrecadação de tributos no Brasil e ao compartilhamento de receitas com as prefeituras. "Não dá mais para fingir que não está acontecendo um desbalanceamento das contas municipais em função em parte de regras de repartições cada vez mais desfavoráveis aos prefeitos", afirmou o petista.
O prefeito voltou a falar sobre a necessidade de uma reforma tributária que discuta a distribuição da carga tributária, mas admitiu que este ano será difícil avançar na agenda em razão das dificuldades econômicas enfrentadas no País. "É um ano difícil em função da queda de arrecadação. Estamos vivendo um ano atípico, que eu espero que seja um só", afirmou. Para Haddad, o País está distribuindo a carga de impostos de maneira "equivocada", afetando os mais pobres.
Ao pedir que seja feita uma nova discussão sobre o compartilhamento de tributos, ele retomou a defesa de que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis seja destinada aos municípios para arcar com custos da tarifa de transporte público. O tema é bandeira do prefeito desde 2013. "As discussões são infindáveis na área econômica, a todo o momento tem justificativa para dizer não. Mas os prefeitos têm de pautar essa discussão efetivamente", cobrou o prefeito..