No caso do Instituto Lula, os pagamentos foram registrados em três vezes de R$ 1 milhão cada, com o título de “Contribuições e Doações” e “Bônus Eleitoral”. Para o LILS, cujo endereço declarado é na própria residência de Lula, em São Bernardo dos Campos, a empreiteira depositou três parcelas por ano, de R$ 337,5 mil em 2011, R$ 815 mil em 2012 e R$ 375,4 mil em 2013.
Dois executivos da empreiteira, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, confessaram em acordo de delação premiada que foram feitas doações eleitorais ao PT a pedido do ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, já preso pela operação.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Instituto Lula disse que os valores registrados na contabilidade da empresa foram doados legalmente e que não existe relação entre a entidade e questões eleitorais. Quanto aos valores para a empresa do ex-presidente, a assessoria informou que os três pagamentos são referentes a quatro palestras feitas por Lula e que todos os pagamentos foram devidamente contabilizados e declarados.
Já a construtora Camargo Corrêa declarou que as contribuições ao Instituto Lula referem-se ao “apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente no exterior”..