Por decisão da Justiça, sete dos 13 vereadores da Câmara Municipal de Jaíba, no Norte de Minas, foram afastados da função. O motivo foi uma manobra dos parlamentares para evitar a apuração no Legislativo municipal de denúncia de recebimento ilegal de diárias por eles próprios. O caso já havia sido apurado pelo Ministério Público (MP) estadual, que apresentou denúncia criminal e civil contra os sete vereadores, em razão do pagamento indevido de mais de R$ 500 mil em diárias.
O prefeito de Jaíba, Enoch Vinicius Campos de Lima (PDT), entrou com um mandado de segurança na Comarca de Manga, relatando que os vereadores rejeitaram a apuração de irregularidades que teriam sido praticadas por eles no ano de 2013, “consistentes no recebimento de diárias de viagens em troca de apoio político” ao ex-prefeito Jimmy Murça (PCdoB), afastado do cargo naquele mesmo ano por causa de denúncias de fraudes apresentadas pelo Ministério Público.
O juiz de Manga, Eliseu Silva Leite Fonseca, decidiu pelo afastamento dos sete vereadores e pela convocação dos seus respectivos suplentes, determinando também o desarquivamento da denúncia pela Câmara Municipal. De acordo com a decisão do magistrado, os suplentes deverão ser convocados dentro de no máximo 30 dias. Foram afastados o presidente da Câmara de Jaíba, Valdemir Soares da Silva (PDT), e os vereadores Júnior Leonir Guimarães Freitas (PSDB), Noelson Costa de Oliveira (PSL), Welton Luiz Silva (PMDB), Fernando Lucas Fernandes (PSDB), José Geraldo Soares Aguiar (PSDC) e Elias dos Santos Silva (PHS).
Os suplentes convocados para assumir as vagas são: César Luiz da Silva (PRP), Neudilan Oliveira (PMDB), Adão Antonio de Souza (PHS), Kleder Nogueira Batista (PSDB), Antonio Silvestre (PSDC), Tassio Dutra (PSDC) e Marcos Roberto Ruas (PSC). Com o afastamento do presidente Valdemir Soares da Silva, assume o comando do Legislativo Municipal o vice, Farrique Xavier da Silva (PDT).