A proposta, que aumenta alíquotas de empresas que recolhem no regime especial de tributação e é considerada peça fundamental do ajuste fiscal, está prevista para ir a votação na tarde de hoje no Plenário da Câmara, mas a articulação política do Palácio do Planalto estuda pedir o adiamento da sessão por discordar dos termos do relatório proposto por Picciani.
Embora o governo queira aprovar a reoneração das empresas "o quanto antes", o adiamento é preferível a uma derrota que desconfigure o objetivo central da medida.
Há outros fatores que dificultam as negociações. Cunha e Picciani passaram a última semana em viagem oficial ao exterior e as conversas emperraram. O relatório do peemedebista não foi sequer apresentado formalmente. Além disso, a bancada fluminense do PMDB, recentemente contemplada com o comando da companhia Docas do Rio de Janeiro, quer também indicar diretorias hoje nas mãos do PDT e do PROS, que resistem em ceder espaço.
Depois da reunião com Cunha, Temer realiza uma outra rodada de conversas, também no Jaburu, desta vez com líderes dos demais partidos da base na Câmara..