Segundo o ex-funcionário, as gerências executivas da Diretoria de Abastecimento e Serviços, representadas por Venina Velosa da Fonseca e Pedro Barusco, encaminharam um Documento Interno da Petrobras (Dip), em julho de 2008, para a diretoria executiva solicitando a instauração do processo de licitação e indicando as empresas para as obras.
Apesar da indicação dos convidados a participar da obra, ele contou que a orientação da companhia era estimular a competitividade e ter no mínimo 15 empresas aptas a participar do processo. "É assim que funciona sempre: se faz a seleção das empresas pelo cadastro de fornecedores da Petrobras. As empresas de melhores notas são as escolhidas", declarou. Para ele, os problemas em Abreu e Lima aconteceram devido à execução dos projetos básicos e executivos juntos para agilizar a obra.
Resende é o último da rodada de seis funcionários da estatal ouvidos nesta quarta, 10, pela CPI. Ele contou que foi indicado à função por Glauco Legatti, ex-gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a refinaria Abreu e Lima (PE). "Nunca vi nada, não tenho motivo para desconfiar de algum ato ilícito que ele tenha feito", comentou o ex-funcionário, ressaltando que sua área não tinha contato com as empreiteiras.
O penúltimo ouvido foi Carlos Frederico Trevia, ex-gerente de Relacionamento e Comunicação das empresas do Comperj, mas pouco contribuiu com a comissão.