Além de Lula, a abertura do encontro contará com a presença da presidente Dilma Rousseff que, cobrada pelo partido, decidiu adiantar a volta de uma viagem à Bélgica para participar do ato.
O desagravo a Lula será feito em discursos de dirigentes do PT, que tentam associar a denúncia a uma "criminalização" das doações recebidas pelo partido.
Embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente entrou na berlinda após as revelações de que se reuniu com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pouco antes da compra da refinaria de Pasadena (EUA) e de que a Camargo Corrêa, investigada na Lava Jato, doou R$ 3 milhões ao Instituto Lula. A organização diz que as contribuições foram regulares. Além disso, a empreiteira pagou R$ 1,5 milhão à LILS, pertencente ao ex-presidente, por palestras feitas entre 2011 e 2013.
Alvo
Parlamentares de oposição que integram a CPI da Petrobras protocolaram nesta quarta-feira, 10, requerimentos pedindo a convocação do presidente do instituto, Paulo Okamotto, para explicar as doações. Além disso, ameaçam pedir na sessão de hoje a quebra dos sigilos fiscal e bancário da organização, além da convocação do próprio Lula.
Para dirigentes petistas, passado o momento mais agudo da ameaça de impeachment contra Dilma, a oposição agora concentra forças contra Lula. Um dos objetivos do Congresso de Salvador é preparar o PT, que atravessa a maior crise em 35 anos de existência, para um processo de recuperação da imagem, que possibilite a volta de Lula ao cenário eleitoral em 2018.