"Reconhecemos que erros foram cometidos e precisamos corrigi-los", destacou Teixeira. "Precisamos mudar o PT para continuar mudando o Brasil", acrescentou Alessandro Molon (RJ). Os deputados pediram a convocação de um novo congresso em novembro, de caráter "constituinte", para a substituição da direção partidária. "O manifesto provoca. Ele sai dessa lógica de tendências e abre um processo consistente de oxigenação do partido", justificou Teixeira.
Logo no início do texto, os petistas destacam que o partido passa pelo "momento mais difícil" da sua história. O manifesto defende realizações promovidas durante os governos do PT, argumentando que prioridades foram invertidas e que o papel do Estado foi ressignificado.
Segundo o documento, a sigla "abdicou do protagonismo na elaboração de propostas para o País". Ele alerta ainda para a "incapacidade" do PT de "interferir nos rumos" do governo. "Exemplos disto são as recentes decisões do governo no sentido de reorganizar a economia, reposicionando o modelo de desenvolvimento que permitiu resultados tão positivos, desde o início do governo Lula, e que tem gerado preocupação nos brasileiros", pontuam os parlamentares, numa crítica à política econômica do ministro da Fazenda Joaquim Levy. Para os signatários do documento, esse "reposicionamento adota políticas de caráter recessivo, com aumento de juros que provoca desaceleração econômica e desemprego."
Estrutura
O manifesto também critica o funcionamento interno do PT. "As eleições internas passaram a ser marcadas por vícios que sempre combatemos nas eleições gerais". "Somos permanentemente atacados por nossos adversários e suas armas mais eficazes contra nós são as contradições que se estabelecem nas práticas de alguns de nossos próprios integrantes", completam os petistas.
Além das mudanças no comando do PT, o manifesto pede a substituição do Processo de Eleição Direta (PED) como o modelo para a eleição dos dirigentes e a criação de um "sistema compartilhado de finanças" na legenda. Outro item advogado pelos petistas é o "combate sem trégua à corrupção", reforçando uma decisão do diretório nacional de expulsar filiados "comprovadamente envolvidos" em malfeitos. O documento afirma por último que é preciso intensificar a campanha por uma "efetiva reforma política" e reavaliar a política de alianças do PT para as eleições de 2016 e de 2018, "de forma a garantir identidade programática" e tendo como base "aliados históricos" do partido..