A Justiça Federal sequestrou bens móveis e imóveis dos alvos da Operação Porto Victória, deflagrada nesta quinta-feira, 11, pela Polícia Federal.
"Era ficção", disse Ferreira Neto, ao se referir às operações de comércio exterior. Na prática, raramente os produtos importados pela Venezuela chegavam ao país. A grande maioria das transações ficavam apenas 'no papel'.
A ordem judicial acolhe pedido da Delegacia de Repressão a Ilícitos Financeiros e Desvios de Recursos Públicos da PF em São Paulo, que conduz inquérito sobre lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Todos os valores apreendidos no curso da operação já estão incluídos na ordem de sequestro - nos endereços dos alvos da Porto Victória, a PF apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo, entre euros e reais, além de lingotes de ouro e um diamante. "Pedimos o sequestro (de bens) para descapitalizar a organização criminosa", declarou o delegado Alberto Ferreira Neto, que conduz a Porto Victoria.
Pelo menos 30 empresas, a maior parte delas de fachada, estão na mira da PF. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão de fiscalização do Ministério da Fazenda, identificou movimentações, com indicativo de ocorrência de lavagem de dinheiro, no montante de R$ 3 bilhões.
Uma única empresa da organização movimentou R$ 170 milhões. Além de executivos do Banif, funcionários de outros bancos estão sob suspeita.