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Estado de Minas

Ex-vice presidente do BB é preso em operação da Polícia Federal em São Paulo

Outros dez investigados foram presos na ação que investiga lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. Esquema teria movimentado até R$ 3 bilhões


postado em 11/06/2015 20:07 / atualizado em 11/06/2015 21:23

A Justiça Federal sequestrou bens móveis e imóveis dos alvos da Operação Porto Victória, deflagrada nesta quinta-feira, 11, pela Polícia Federal. Onze investigados foram presos, entre eles o ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Simões de Toledo, atualmente executivo do Banif, banco de investimentos. A organização criminosa, segundo a PF, realizava exportações fictícias de produtos superfaturados em até 5000% para a Venezuela - os valores pagos eram transferidos para o sistema financeiro em São Paulo, seguindo depois para Hong Kong.

"Era ficção", disse Ferreira Neto, ao se referir às operações de comércio exterior. Na prática, raramente os produtos importados pela Venezuela chegavam ao país. A grande maioria das transações ficavam apenas 'no papel'.

A ordem judicial acolhe pedido da Delegacia de Repressão a Ilícitos Financeiros e Desvios de Recursos Públicos da PF em São Paulo, que conduz inquérito sobre lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira.

Todos os valores apreendidos no curso da operação já estão incluídos na ordem de sequestro - nos endereços dos alvos da Porto Victória, a PF apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo, entre euros e reais, além de lingotes de ouro e um diamante. "Pedimos o sequestro (de bens) para descapitalizar a organização criminosa", declarou o delegado Alberto Ferreira Neto, que conduz a Porto Victoria.

 

Pelo menos 30 empresas, a maior parte delas de fachada, estão na mira da PF. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão de fiscalização do Ministério da Fazenda, identificou movimentações, com indicativo de ocorrência de lavagem de dinheiro, no montante de R$ 3 bilhões.

Uma única empresa da organização movimentou R$ 170 milhões. Além de executivos do Banif, funcionários de outros bancos estão sob suspeita. A PF vai intimar diretores dessas instituições financeiras. A PF quer saber porque falhou o compliance, mecanismo de controles internos e de conhecimento da clientela física e jurídica.


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