Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reuniu-se nessa quinta-feira (11) com a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele entregou à ministra a resposta da Casa a um mandado de segurança formulado no fim de maio por um grupo de 63 deputados que questionam a “manobra” empregada por Cunha para incluir na Constituição Federal as doações de empresas a partidos. Weber é a relatora da ação no Supremo, e há a expectativa de que ela resolva a questão nos próximos dias. Segundo Cunha, Weber “compartilha” o pensamento dele sobre o tema.
“Pareceu-me que o texto do mandado estava tão mentiroso, que eu precisei ir responder pessoalmente. Era quase uma litigância de má-fé”, disse Cunha. Na peça, o grupo de parlamentares questiona o fato de o presidente da Câmara ter posto em votação, na discussão da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma política, uma emenda aglutinativa do deputado Celso Russomano que libera as doações de empresas a partidos. A matéria não poderia ter sido votada, segundo os deputados, porque horas antes a Câmara já havia rejeitado doações empresariais a partidos e a candidatos. “Uma coisa é você contestar o que está sendo feito, a outra é falsear aquilo que aconteceu”, disse.