CPMF deve voltar sem atingir a classe média, diz ministro da Saúde

O retorno do imposto do cheque (CPMF) para financiar a saúde é uma das propostas defendidas no 5º Congresso do PT, que está sendo realizado em Salvador

Para o ministro da Saúde, Artur Chioro, a CPMF deve incidir sobre os ricos - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Salvador - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta sexta-feira, 12, que a volta da Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF), se aprovada pelo Congresso Nacional, não deve incidir sobre a classe média.

O retorno do imposto do cheque (CPMF) para financiar a saúde é uma das propostas defendidas no 5º Congresso do PT, que está sendo realizado em Salvador. "A ideia é tirar da cobrança amplos setores da classe média", afirmou Chioro, ao indicar que o imposto deve incidir sobre os mais ricos.

"Não vai mais ter CPMF do jeito que era." Embora o governo queira se aproximar da classe média, Chioro negou que a estratégia de tributação esteja sendo planejada com esse objetivo e disse estar conversando com todos os governadores sobre formas de sustentar o Sistema Único de Saúde (SUS). "Sou ministro da saúde do Brasil, e não do PT" , afirmou Chioro.

Questionado sobre a decisão do PT de incluir a defesa da CPMF na Carta de Salvador, documento com as resoluções finais do Congresso petista, Chioro disse concordar com a iniciativa. "Acho importante porque sinaliza um debate para o Congresso Nacional", afirmou o ministro da Saúde. "Fico satisfeito porque estamos tomando a dianteira nesse debate."

Conhecida como "imposto do cheque", a CPMF foi extinta em 2007, no governo Lula. A derrubada do imposto foi considerada como uma das maiores derrotas do governo à época..