Segundo o ativista, ele foi cercado por um grupo de 15 petistas na entrada do hotel quando voltava de um restaurante por volta das 3h40 da madrugada. "Estourei o joelho, braço, olho e tornozelo e a cabeça quando caí no chão", disse.
Já a vereadora do município de Praia Grande, Janaina Ballaris, conta versão diferente. Ela disse que estava acompanhada de outros dois petistas e só reagiu. "Só partimos para a agressão depois que fui agredida", disse.
Depois da confusão, ambos os lados registraram boletins de ocorrência. A vereadora relatou que a delegada de plantão resistiu em registrar a ocorrência. A policial, cujo nome não foi informado, teria dito "com a raiva que as pessoas estão do PT, só poderia dar nisso", segundo a vereadora.
O presidente do diretório do PT na Bahia, vereador Everaldo Anunciação, disse que o partido vai tomar todos os procedimentos legais. "Desde quinta ele vem fazendo provocações e tentativas de agressão e nós viemos tentando administrar esse contingente enorme de pessoas", disse.
Depois de registrar a ocorrência, Marcello Reis retornou ao hotel escoltado da polícia e teve que entrar pelas portas do fundos.
Impeachment
Na quinta pela manhã, o empresário já havia se envolvido em confusão com petistas. Ele desceu para tomar café no restaurante do hotel vestido com uma camisa preta que estampava a palavra "impeachment", e foi abordado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA). Não é muita provocação você estar aqui?", questionou o parlamentar.
Reis rebateu com palavrões e disse: "Provocação é de vocês. Não aguento mais pagar impostos para essa quadrilha do PT". O ex-tesoureiro do partido Paulo Ferreira ouviu os palavrões de Reis e também passou a xingá-lo. "Você está querendo tomar porrada", disse Ferreira.
"Se você quiser, vamos para a porrada. Aguento você e mais dez", respondeu Reis. Rocha afastou o correligionário e, minutos depois, a gerência do hotel abordou o líder do Revoltados On Line e afastou os jornalistas do local.
Durante todo o dia Reis postou vídeos na página do Revoltados On Line com provocações aos petistas, a quem chamava de "ladrões e quadrilheiros".
A polícia também registrou incidentes entre petistas e os grupos anti-PT em frente ao Hotel Pestana. Militantes do partido, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento Sem Teto de Salvador (MSTS) trocaram xingamentos com os grupos pró-impeachment Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), que reuniram duas dezenas de ativistas no local..