Após mais uma semana de negociações, Picciani continua tentando fazer com que o governo aceite a liberação de alguns setores dentro do PL e com alíquotas escalonadas. Desta forma, a arrecadação com o projeto ainda este ano seria mínima, já que, após a sanção presidencial, a medida só pode entrar em vigor em 90 dias.
O presidente da Fiesp reafirmou que a contribuição da indústria na arrecadação com a alteração do PL é de R$ 5 bilhões e acha possível que a matéria não seja aprovada. "Se colocassem em votação essa semana não aprovaria. Então, acredito que existe a possibilidade de não aprovarem na próxima", ressaltou.
Sobre a possibilidade de um escalonamento das alíquotas do PL, como também propõe o relator, Skaf é irredutível. "Eu não vou aceitar escalonar para aumentar imposto, só aceito escalonar para diminuir", provocou.
Há pouco mais de duas semanas, o presidente da Fiesp se reuniu com o ministro Joaquim Levy e foi ao Congresso conversar com parlamentares para que a indústria não seja penalizada. Na ocasião, Skaf afirmou que o ministro não tinha mencionado a possibilidade de escalonar a elevação das alíquotas. A pedido do governo, a votação do projeto foi adiada para a próxima semana.