O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, teve sua extradição suspensa pela segunda vez pela Justiça da Itália. O Ministério da Justiça italiano vai esperar até o juiz do Conselho de Estado analise o pedido de recurso apresentado pela defesa de Pizzolato. O argumento para a medida seria que não haveria tempo legal para que o juiz analisasse o pedido, antes da extradição. A suspensão é temporária.
Depositado em caráter de urgência, o recurso será analisado pelo juiz de turno que pode acolher ou não o pedido. Em casos urgentes, a resposta pode ser dada inclusive aos sábados pelo juiz de plantão. Caso seja acolhido o pedido, a extradição poderá ser suspensa novamente até a data da audiência - ou Pizzolato poderá ser mandado de volta ao Brasil para aguardar o julgamento do caso.
O governo brasileiro já havia acenado que viria buscá-lo na próxima segunda-feira, primeiro dia do prazo estipulado para a extradição.
Na semana passada, o Tribunal Administrativo Regional do Lazio não acolheu o recurso apresentado pela defesa e autorizou a extradição. A partir da próxima segunda-feira, o governo brasileiro tem 20 dias para providenciar o retorno de Pizzolato.
O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Henrique Pizzolato fugiu para a Itália com os documentos falsos do irmão morto em 1978, e acabou sendo preso em Maranello, em fevereiro de 2014.
Com Agência Estado