“O estatuto do PSB vem sendo rasgado. De uns anos para cá, a direção vai e dá de presente o partido nos estados para quem tem o poder financeiro”, afirma Henrique Barreto, filiado ao partido há 28 anos. O movimento contrário à posse de Lacerda parte de um grupo de cerca de 40 pessoas na capital. “A insatisfação é geral no interior. Não temos restrição a nome nenhum, desde que o diálogo seja aberto. Estamos pedindo democracia interna, pois não fomos consultados”, reforça Barreto.
Nas últimas eleições, quando teve mais de 5% dos votos para deputado federal em Minas, o PSB conquistou direito de instituir diretório estadual, em vez de uma comissão provisória.
Lacerda, que esteve presente ontem na convenção estadual do PSDB, disse desconhecer o movimento contrário à sua posse e tratou o assunto com ironia. “Fui nomeado pela direção nacional. Então tem que perguntar para a direção nacional”, disse.
Júlio Delgado também estava presente no evento e os dois rivais acabaram dividindo o mesmo palanque. “O Marcio está legitimado pela direção nacional, mas não pela base do partido. Mas acho difícil a nacional voltar atrás”, afirmou Delgado, que não descarta a possibilidade de compor chapa caso seja convocada convenção para a eleição do diretório do PSB em Minas..