"Temos de aguardar a decisão da presidente. O que nós dizíamos na campanha eleitoral é que é preciso de uma evolução em relação ao fator previdenciário que amenize a punição a setores importantes da sociedade brasileira, obviamente em especial os aposentados", disse Aécio, candidato derrotado por Dilma nas eleições de outubro.
O tucano, que convocou a imprensa para uma entrevista coletiva para falar sobre o assunto, disse que o Congresso tomou sua decisão e que a "bola" agora está com Dilma.
Aécio foi questionado sobre a contradição no fato de o PSDB ter defendido no governo Fernando Henrique Cardoso a criação do fator previdenciário e hoje defender a sua mudança. Perguntado sobre o que teria mudado, ele respondeu que "mudou muito".
"O fator era extremamente necessário. Em um determinado momento houve a aprovação pelo Congresso do fim do fator previdenciário. O presidente Lula vetou o fim do fator e estamos buscando alternativas. A proposta que vem da Câmara é uma alternativa ao fim do fator previdenciário", disse.
Aécio referiu-se à fórmula 85/95, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 anos (mulheres) ou 95 anos(homens). Esse cálculo foi introduzido pelos deputados na MP 664, recebendo posteriormente o apoio dos senadores.
Para o tucano, é preciso aguardar se o Executivo apresentará outra proposta.