São Paulo - A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o ex-ministro Antonio Palocci. A medida foi tomada por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz os autos da Operação Lava-Jato, investigação sobre esquema de corrupção na Petrobras.
O despacho é de 14 de abril. O inquérito, sob o qual Moro determinou sigilo "a fim de resguardar a eficácia das diligências", apura se Palocci pediu R$ 2 milhões ao doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato, para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 - o ex-ministro coordenava a campanha.
O depoimento que cita Palocci foi dado por outro delator, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele declarou que foi procurado por Youssef naquele ano e que o doleiro lhe teria solicitado a quantia alegando que era uma demanda feita pessoalmente por Palocci.
Segundo o ex-diretor, a quantia sairia do "caixa do PP", partido que mantinha o controle da Diretoria de Abastecimento. Youssef, porém, negou em sua delação que tenha procurado o ex-diretor em nome de Palocci e pedido os R$ 2 milhões.
Em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki mandou abrir inquérito contra 52 políticos citados por Youssef e Costa. As investigações sobre alvos que não têm foro privilegiado, como Palocci, foram deslocadas para a 13.ª Vara Criminal da Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato.
Defesa
O criminalista José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro, tem reiterado que Palocci jamais pediu dinheiro para a campanha de 2010. "Há um estranho interesse de se manter esse assunto na berlinda, interesse este que não se consegue detectar muito bem qual seja, a não ser que haja uma campanha perante a opinião pública, uma atuação fora dos autos", criticou. "Já fiz cinco petições para ter acesso a essas investigações, mas eu não consigo. A imprensa sabe, mas a defesa não sabe."
A assessoria de imprensa de Palocci tratou a notícia como "factoide" e "informação requentada, uma vez que o despacho que a originou é de 14 de abril". "O objeto do inquérito é a contradição nos depoimentos de dois réus, um dos quais desmente que Antonio Palocci tenha participação em quaisquer irregularidades relativas à Petrobras."
O despacho é de 14 de abril. O inquérito, sob o qual Moro determinou sigilo "a fim de resguardar a eficácia das diligências", apura se Palocci pediu R$ 2 milhões ao doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato, para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 - o ex-ministro coordenava a campanha.
O depoimento que cita Palocci foi dado por outro delator, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele declarou que foi procurado por Youssef naquele ano e que o doleiro lhe teria solicitado a quantia alegando que era uma demanda feita pessoalmente por Palocci.
Segundo o ex-diretor, a quantia sairia do "caixa do PP", partido que mantinha o controle da Diretoria de Abastecimento. Youssef, porém, negou em sua delação que tenha procurado o ex-diretor em nome de Palocci e pedido os R$ 2 milhões.
Em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki mandou abrir inquérito contra 52 políticos citados por Youssef e Costa. As investigações sobre alvos que não têm foro privilegiado, como Palocci, foram deslocadas para a 13.ª Vara Criminal da Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato.
Defesa
O criminalista José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro, tem reiterado que Palocci jamais pediu dinheiro para a campanha de 2010. "Há um estranho interesse de se manter esse assunto na berlinda, interesse este que não se consegue detectar muito bem qual seja, a não ser que haja uma campanha perante a opinião pública, uma atuação fora dos autos", criticou. "Já fiz cinco petições para ter acesso a essas investigações, mas eu não consigo. A imprensa sabe, mas a defesa não sabe."
A assessoria de imprensa de Palocci tratou a notícia como "factoide" e "informação requentada, uma vez que o despacho que a originou é de 14 de abril". "O objeto do inquérito é a contradição nos depoimentos de dois réus, um dos quais desmente que Antonio Palocci tenha participação em quaisquer irregularidades relativas à Petrobras."