Na CPI da Petrobras, petistas protestam contra convocação de Paulo Okamotto

A reação dos deputados do PT acontece após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto

Brasília - A primeira parte da sessão da manhã desta terça-feira da CPI da Petrobras foi marcada por protestos dos petistas por causa da convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e da aprovação de quebra de sigilos na reunião passada.

A bancada anunciou que pedirá os horários da votação da última sessão da comissão para confrontar com o início de suspensão da ordem do dia na última quinta-feira.
Foi nessa brecha de 13 minutos que 140 requerimentos foram aprovados.

Os petistas questionaram a manobra e classificaram de "gambiarra" a ação orquestrada entre PMDB e oposição. "Minha observação política é que foi feita uma manobra da pior espécie para envolver o senhor Paulo Okamotto", afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A bancada do PT anunciou que poderá recorrer da votação da última semana. "O Instituto Lula nunca foi denunciado em nada na Lava-Jato. Essa CPI está dando tratamento desigual para situações iguais", atacou o deputado Jorge Sola (PT-BA), que chamou a manobra de "golpe".

A reação dos deputados do PT acontece após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto.

O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), disse que Okamotto foi convocado porque o Instituto recebeu recursos de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. "Tenho certeza que fomos justos na última quinta-feira", declarou. Ele lembrou que o pedido de suspensão da ordem do dia foi da deputada Moema Gramacho (PT-BA).

A obstrução dos petistas, iniciada por volta das 10h, acabou atrasando os depoimentos dos ex-executivos da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz (ex-presidente) e de Newton Carneiro da Cunha (ex-presidente do Conselho Administrativo) previstos para esta terça-feira..