"Acho que o preço político a pagar neste momento é muito grande. O governo poderia sancionar, na regulamentação, estabelecer alguns parâmetros de acesso a essas aposentadorias dentro dessas regras e abrir um debate franco com o movimento sindical e o Congresso Nacional para que eles sejam corresponsáveis com uma proposta que, efetivamente, garanta uma Previdência Social que seja autossustentável", afirmou.
Dilma tem até esta quarta-feira, 17, para decidir se manterá ou barrará a chamada fórmula "85-95", que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 (homens). A área econômica do governo defende o veto da fórmula, com o argumento de que ela quebrará a Previdência. A área política, por sua vez, é a favor da manutenção do texto, diante do risco de a presidente ter uma proposta como essa derrubada pelo Congresso.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), garantiu que mesmo que a presidente Dilma Rousseff vete o dispositivo 75/85 para a previdência social, o governo vai "imediatamente" propor outra alternativa ao fator previdenciário.
"Seguramente (haverá outra alternativa) porque a presidenta já havia anunciado (o fim do fator). Se não for amanhã com a sanção, certamente imediatamente será apresentada outra proposta, isso é certo", disse ao chegar ao congresso da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo.
Dias disse ter voltado ontem de uma agenda internacional e por isso não estar inteirado das negociações com as centrais em torno da sanção. "Também estou na expectativa. Quem encaminhou essa historia toda foi a Previdência, o ministro Gabas.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, não quis informar se a presidente Dilma Rousseff vetará a fórmula 85/95. "Temos vários direcionamos que serão anunciados no momento adequado. Pode ser amanhã ou na quinta. O veto é amanhã e a publicação pode ser na quinta, se não me engano", disse o ministro ao sair de uma encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz..