Nessa terça-feira, após reunião no gabinete do vice-presidente Michel Temer, Picciani, que é relator da matéria, disse que o governo havia aceitado sua proposta de beneficiar com uma recomposição de tributos mais suave as áreas de comunicação social, transportes, call centers e alimentos da cesta básica. Os demais setores terão, de acordo com o deputado, um reajuste cheio. Pelo texto original do Executivo, a elevação do recolhimento será de 1% sobre o faturamento para 2,5%, principalmente para a indústria, e de 2% para 4,5%, para serviços. Os setores que serão excluídos da nova regra, por sua vez, teriam um aumento de um terço sobre os valores defendidos pelo Palácio do Planalto.
"Tem muito mais resistência na bancada neste projeto do que nas MPs (Medidas Provisórias) anteriores. Não estamos convencidos em relação (à exceção) de comunicação social e dos call centers", queixou-se o líder do PR, Maurício Quintella Lessa (PR-AL). "Defendemos que não haja nenhuma excepcionalidade. Daqui a pouco não tem ajuste nenhum", completou o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).
Os encontros de Levy com deputados ocorreram nesta manhã em reuniões separadas, primeiro com a bancada do PR e, depois, com o PP.