Segundo Levy, ele não tem conhecimento de um escalonamento das alíquotas do projeto nem das exceções que o relator Leonardo Picciani (PMDB/RJ) afirma ter combinado com o governo que são: call centers, comunicação social, transportes e alimentos da cesta básica.
O ministro afirmou que o projeto "deve começar a ser votado hoje". Ao sair da reunião e falar com a imprensa, o ministro se mostrou confiante e disse que o presidente da Câmara tem mostrado interesse em votar a proposta com celeridade e ressaltou a importância de uma rápida aprovação da medida que faz parte do ajuste fiscal. "O presidente tem mostrado prioridade. É importante que esta lei seja sancionada até o fim de junho e tem sido feito esforço do governo e do presidente da Câmara".
Levy falou por diversas vezes da importância do projeto para o controle do gasto público. "Dentro do esforço do governo de diminuir o gasto público queremos diminuir desoneração da folha", disse Levy. Por diversas vezes o ministro disse que o governo "tem que diminuir o gasto".
Sobre as reuniões que aconteceram nesta quarta-feira, 17, com as bancadas do PR e do PP, o dirigente da Fazenda afirmou que os parlamentares acreditam que não se pode excluir alguns setores do projeto. "Muitos parlamentares mostraram entendimento de que é melhor não ter exceção, a minoria pediu (exclusão) de setores", ponderou.
Depois de passar quase três horas na Câmara negociando, Levy reafirmou que o gasto com a desoneração da folha atinge 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e custa R$ 25 bilhões ao governo por ano ao e que "o governo não tem condição de continuar mantendo e pagando este gasto".