A presidente Dilma Rousseff vetou na noite desta quarta-feira, oficialmente, o Projeto de Lei de Conversão 4/2015 aprovado pelo Congresso que estabelece a fórmula 85/95 para o cálculo das aposentadorias.
Antes da decisão de Dilma, integrantes do governo se reuniram para formular a proposta, que, em seguida, foi apresenta às centrais sindicais e ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
No entendimento do governo, a mudança traria problemas para a saúde financeira da Previdência. A estimativa da equipe econômica era de que, até 2060, os gastos chegassem a R$ 3,2 trilhões a mais.
Na segunda-feira, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, já havia dito que o sistema previdenciário é “inviável se manter nas regras atuais”. Ele apresentou dados sobre o envelhecimento da população, após participar de reunião de ministros com centrais sindicais sobre mudanças no calculo das aposentadorias. Atualmente, existem 9,3 pessoas em idade ativa para cada idoso. Esse número cai para 2,3 pessoas quando feita a projeção para 2060. “O sistema está caminhado para um colapso inevitável”, analisou.
Ainda na noite desta quarta-feira, os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Previdência, Carlos Gabas; e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, voltaram a se reunir no gabinete do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para dicutir alternativas e conversar com as centrais sindicais, ainda em processo de finalização da nova regra. Ao encerrarem as conversas, os ministros voltariam a se encontrar com a presidente Dilma . O governo pensa em uma proposta mais dura para o trabalhador para depois ter margem de negociação com o Congresso ao tratar dessa regra de transição de faixas.
Com Agência Estado
.