Pouco depois, o Palácio do Planalto anunciou que Dilma vai vetar na Medida Provisória 664 a fórmula que flexibiliza o fator previdenciário. Contudo, o Planalto informou, entretanto, que será editada Medida Provisória que assegura a regra de 85 pontos (idade+tempo de contribuição para mulheres) 95 pontos (idade+tempo de contribuição para homens), que fora aprovada pelo Congresso Nacional, mas introduzindo um critério de progressividade que leve em conta o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Os detalhes sobre a forma de escalonamento só serão conhecidos na quinta-feira, 18.
"Eu acho que qualquer coisa que partir do 85/95, claro que foi a decisão do Congresso, consagrará avanços. Essa coisa da regra da progressividade vamos ter a oportunidade de discuti-la e, se for o caso, melhorá-la", disse Renan.
Em rota de colisão com o Palácio do Planalto, o também presidente do Senado fez um aceno ao Executivo. Ele avaliou que a presidente quer aprimorar a relação com o Congresso a partir desta iniciativa.
Sem atritos
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), também se demonstrou a favor da iniciativa da presidente de determinar como "piso" das negociações a nova fórmula. "A decisão da presidente Dilma não vai criar atrito aqui na medida em que parte da manutenção da 85/95. O debate aqui vai ser sobre o escalonamento", afirmou.
Segundo Eunício, o ministro da Fazenda argumentou que não era possível manter a nova fórmula na MP 664 porque a iniciativa poderia trazer insegurança jurídica.
O peemedebista contou ter alertado Dilma, em jantar dela ontem, dia 16, com senadores, do risco de uma eventual derrubada do veto caso a fórmula viesse a ser rejeitada. Dilma chegou a alegar que a pauta não é dela, tendo feito de tudo para não apoiá-la. Eunício disse-lhe que o Congresso tinha autonomia para apresentar uma nova fórmula para a aposentadoria..