Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que é preciso esperar o detalhamento da nova proposta do governo para a flexibilização do fator previdenciário para saber se haverá ou não boa aceitação dos deputados. "A partir daí você pode ter a condição de a crítica ser mais produtiva", disse Cunha.
O peemedebista destacou ainda que, além das explicações sobre a nova Medida Provisória, o Palácio do Planalto precisará se mobilizar para evitar a derrubada do veto à fórmula 85/95, incluída pelo Congresso em uma das MPs do ajuste fiscal.
"Para isso tem que evitar a derrubada do veto antes. O problema é que o processo de derrubada ou não do veto vai ser anterior à apreciação da Medida Provisória", disse Cunha. "Vai ter que ser um trabalho político de conscientização do governo, mostrando que é uma regra boa porque nós temos que pensar no País em termos de futuro", avaliou.
Para Cunha, ainda é "prematuro" tentar prever qual será o desfecho das negociações. Ele ressaltou, no entanto, que, qualquer que seja o desfecho - seja a manutenção ou a derrubada do veto -, "o aposentado já ganhou". "A regra existente hoje, com o fator (previdenciário), de certa forma já foi mudada. O conceito de 85-95, seja pela derrubada do veto ou pela aprovação da MP, veio para ficar, e isso de certa forma é uma vitória para o aposentado.
Com Agência Estado