Gabas explicou que o governo optou por uma Medida Provisória para que não houvesse a sensação da perda em relação à regra que havia sido aprovada no Congresso, que estabelecia o cálculo de 85/95 para aposentadoria. "É como se a presidente tivesse sancionado (o veto da regra de 85/95). A partir daí, evoluímos sobre o que foi aprovado, agregando progressividade", afirmou.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o cálculo que prevê que as novas regras da Previdência vai gerar uma economia de 0,5 ponto porcentual no PIB a partir de 2030 foi feito com base no cenário que havia sido aprovado pelo Congresso, na lei que introduziu as novas regras sobre pensão por morte.
Barbosa explicou que as medidas provisórias sobre pensão por morte, auxílio-doença e seguro desemprego tinham como objetivo poupar R$ 18 bilhões por ano. Segundo ele, em 2015, essa economia seria menor, pois as regras só passariam a valer a partir de março ou abril. No entanto, depois de mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional, Barbosa explicou que a expectativa passa a ser de R$ 15 bilhões neste ano e depois para um montante que convergirá para uma valor menor ao longo do tempo.
Gabas, por sua vez, disse que a regra do fator previdenciário, que continua em vigor, continuará valendo para quem quer se aposentar. Ou seja, são necessários 35 anos de contribuição para os homens e 30, para as mulheres. Ele informou ainda que um quarto das aposentadorias se dá por contribuição e três quartos, por idade mínima. "Para quem quiser se aposentar hoje, o fator previdenciário continua."
Gabas disse que as centrais sindicais vão fazer considerações sobre a fórmula proposta nesta quinta no fórum sobre a previdência. O ministro disse que as centrais concordam com os conceitos apresentados na MP. "A MP atende as centrais. Estivemos recentemente com elas e elas concordam com o 85/95 e a progressividade. Se vão fazer debates a respeito da forma, é outro debate.".