A Polícia Federal apreendeu quantia superior a R$ 800 mil no apartamento de Manzan, ex-vice-presidente da 3ª Seção do Carf.
"Há ao menos seis 'Leonardos' no inquérito, fui confundido, por isso acabei entrando no inquérito. Não tenho a menor participação em nenhum dos fatos narrados, estou incluído por um equívoco", afirmou o advogado.
A CPI ouviu também o conselheiro Paulo Cortez, considerado essencial pela PF para o desdobramento das investigações. Cortez permaneceu calado, respaldado por uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os parlamentares interrogaram, por fim, um sócio de Cortez em escritório de contabilidade e ex-integrante do Carf, Nelson Mallmann. Escutas da PF apontam uma conversa entre os dois sócios, na qual Cortez afirmava que só "coitadinhos" têm de pagar impostos e afirmou que o tribunal da Receita se tornou um "balcão de negócios".
Mallmann afirmou que em 2013 foi realizada uma denúncia interna à Receita Federal, com um relatório elaborado por ele e por Cortez. Ele disse estar à disposição futuramente para esclarecer mais pontos do esquema. O sócio de Paulo Cortez sugeriu uma irregularidade em um caso que chegou ao Carf sobre a Ampla e a Light, distribuidoras de energia.
A próxima reunião da CPI do Carf foi agendada para a próxima terça-feira, 23. A relatora da comissão, senadora Vanessa Graziottin (PcdoB-AM), afirmou ao fim da sessão que os depoimentos desta quinta, 18, avançaram "pouco" do que já foi feito pela PF. "Avançamos mais ou menos. Ouvimos ex-conselheiros com indícios muito fortes de participação no esquema. Acho que deram algumas pistas", afirmou a senadora..