O senador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou na tarde desta quinta-feira por telefone ao jornal Estado de Minas que a comitiva de senadores que viajou à Venezuela está sitiada a um quilômetro do aeroporto de Caracas. “Manifestantes pró-governo venezuelano estão obstruindo toda a pista. É realmente de uma petulância e prepotência. Pior que qualquer ditadura da África”, contou. Segundo ele, foram arremessadas pedras no ônibus em que os senadores estão.
A comitiva dos senadores está na Venezuela para prestar solidariedade aos políticos de oposição presos pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Caiado contou que o embaixador do Brasil naquele país, Ruy Pereira, recebeu os senadores no aeroporto, mas foi embora.
O senador Aécio Neves também relatou o episódio.
“Não conseguimos sair do aeroporto. Sitiaram nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando falar com o presidente Renan”, disse Caiado, referindo-se ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além de Ronaldo Caiado (DEM), participam da comitiva os senadores ambém estão na comitiva Cássio Cunha Lima (PSDB), José Agripino (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB), José Medeiros (PPS) e Sérgio Petecão (PSD).
Segundo o senador Aloísio Nunes Ferreira, cerca de 200 pessoas atacaram o ônibus. “Jogaram pedras, deram pontapés no ônibus”, contou. Ele afirmou que, apesar das agressões, ninguém está ferido e a polícia está garantindo a segurança dos parlamentares. Ainda segundo Nunes, o embaixador do Brasil já está ciente do episódio e entrou em contato com o governo venezuelano para garantir a integridade deles.
"Nunca na nossa história uma missão oficial havia sido tratada dessa maneira. É revoltante”, disse María Corina Machado, ex-deputada e dirigente da oposição venezuelana em entrevista a imprensa local, sobre o episódio envolvendo os parlamentares brasileiros.
Na última terça-feira, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, comunicou que a Venezuela havia autorizado o sobrevoo e o pouso da comitiva de parlamentares brasileiras no país.
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