O estudo se baseia em dados das próprias prefeituras entregues ao Tesouro Nacional, referentes a 2013. Segundo a Firjan, o índice aponta uma queda generalizada na gestão municipal devido ao cenário de desaceleração das receitas e redução nos investimentos. Apenas 18 das 5.243 cidades que entregaram seus dados ao Tesouro, receberam a nota máxima e foram consideradas como gestão em excelência. Outras 808 obtiveram conceito B, indicativo de uma boa gestão fiscal. A grande maioria das cidades registrou piora nos índices de gestão fiscal – 84,2%, ou 4.417 cidades, apresentaram uma situação fiscal difícil ou crítica.
“A situação das contas municipais preocupa. A dependência de transferências é crônica e o comprometimento com as despesas de pessoal cada vez maior, deixando as prefeituras a mercê da conjuntura econômica e política”, aponta o relatório. O estudo da Firjan destaca também a permanência de grandes desigualdades sociais e econômicas entre as regiões, que se estende à gestão fiscal. “Nitidamente, os municípios da parte de baixo do ranking estão concentrados na Região Nordeste, enquanto os municípios com as notas mais altas se concentram nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste”, diz o relatório.