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Estado de Minas

Dilma convoca chanceler para esclarecer episódio na Venezuela


postado em 18/06/2015 18:01

Brasília, 18 - A presidente Dilma Rousseff convocou na tarde desta quinta-feira, 18, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para esclarecer o ataque sofrido por senadores brasileiros na Venezuela mais cedo. A informação foi repassada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta tarde, após conversar com o ministro por telefone. O microonibus dos senadores Aécio Neves (PSDB), Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD) foi cercado por manifestantes pró-Maduro em um congestionamento em Caracas.

Cunha interrompeu a sessão por cinco minutos para conversar com o chanceler e cobrou dele um posicionamento oficial do governo brasileiro. "Solicitamos uma posição oficial do governo e garantia de integridade deles", disse Cunha. O presidente da Câmara a afirmou que constituiria uma comissão de deputados para conversar com o chanceler. Uma moção de repúdio deve ser votada ainda nesta quinta-feira.

"Essa presidência e, obviamente, esta Casa não concordam com nenhum tipo de agressão ou qualquer tipo de retaliação a qualquer", afirmou Cunha. "Vou entrar em contato com Renan (Calheiros, presidente do Senado). A ação originária será deles. Vamos nos associar a qualquer tipo de reação".

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que a presidente Dilma Rousseff já está em contato com o governo venezuelano. "A presidenta Dilma já está acionando o governo da Venezuela e, para o nosso governo, não vamos aceitar qualquer ação do governo da Venezuela que possa comprometer o direito de ir e vir dos senadores da oposição que estão na Venezuela", disse o petista.

O líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), cobrou que o governo chame de volta seu embaixador na Venezuela. "Espero que o governo brasileiro tome medidas enérgicas. Se o governo Dilma quer tratar isso do tamanho que merece, deve chamar o embaixador do Brasil em Caracas de volta", afirmou Bruno Araújo. "O Itamaraty tinha que cobrar segurança. Não era uma visita de turismo. Eram uma visita de Estado", disse do líder da Minoria.


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