O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse que “repudia e abomina” as agressões aos senadores brasileiros ocorrida em Caracas, na Venezuela. Em nota, ele afirmou que vai cobrar “reação altiva do governo Brasileiro quanto aos gestos de intolerância”.
“As democracias verdadeiras não admitem conviver com manifestações incivilizadas e medievais. Eles precisam ser combatidos energeticamente para não se reproduzam”, declarou Renan.
O senador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que a comitiva de senadores que viajou à Venezuela está sitiada a um quilômetro do aeroporto de Caracas. “Manifestantes pró-governo venezuelano estão obstruindo toda a pista. É realmente de uma petulância e prepotência. Pior que qualquer ditadura da África”, contou. Segundo ele, foram arremessadas pedras no ônibus em que os senadores estão.
A comitiva dos senadores está na Venezuela para prestar solidariedade aos políticos de oposição presos pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Caiado contou que o embaixador do Brasil naquele país recebeu os senadores no aeroporto, mas foi embora.
O senador Aécio Neves também relatou o episódio. “Estamos em Caracas, sitiados em uma via pública. Nossa van foi atacada por manifestantes”, afirmou em seu perfil no twitter. “Estamos aqui para defender a democracia e até agora o governo venezuelano tem demonstrado pouco apreço por ela”, completou.
Segundo o senador Aloísio Nunes Ferreira cerca de 200 pessoas atacaram o ônibus. “Jogaram pedras, deram pontapés no ônibus”, contou. Ele afirmou que apesar das agressões, ninguém está ferido e a polícia está garantindo a segurança dos parlamentares. Ainda segundo Nunes, o embaixador do Brasil já está ciente do episódio e entrou em contato com o governo venezuelano para garantir a integridade dele