O senador Aécio Neves (PSDB/MG) e outros sete senadores brasileiros desembarcaram, na madrugada desta sexta-feira, na base aérea de Brasília, depois de serem hostilizados no dia anterior em Caracas, na Venezuela, por apoiadores do governo do presidente Nicolás Maduro, afilhado político presidente morto Hugo Chavez. Os parlamentares foram àquele país atendendo o pedido das mulheres de políticos presos venezuelanos que fazem oposição a Maduro. As venezuelanas foram recebidas pelos parlamentares, no Senado, em maio deste ano.
Depois de dias de espera pela autorização do governo venezuelano, que permitiu o pouso de um avião da FAB com os parlamentares, a visita justificada pelos senadores como de solidariedade aos colegas de oposição terminou antes mesmo de cumprir o objetivo. Os senadores não conseguiram percorrer mais do que um quilômetro depois do desembarque em Caracas. A van que conduziria os senadores até a prisão onde estão presos os políticos adversários ao governo de Maduro foi chutada e apedrejada, segundo relatos e imagens divulgadas pelos próprios senadores.
Na madrugada desta sexta-feira, o senador Aécio Neves declarou que o governo brasileiro terá que escolher “de que lado está. Da democracia ou do autoritarismo”. Para o senador, os venezuelanos precisam da atenção das democracias de todo mundo. O tucano desembarcou no Brasil juntamente com os demais integrantes da comissão especial do Senado formada para a visita à Venezuela: os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC)