Questionado sobre se os parlamentares pressionariam o governo a chamar de volta o embaixador do Brasil em Caracas, Rui Pereira, o tucano respondeu que isso seria o "mínimo, para saber o que houve, quem orquestrou isso, quais foram os objetivos do impedimento ao nosso trânsito livre na Venezuela."
Aécio relatou que, ao chegar a Caracas, os parlamentares foram recebidos pelo embaixador, encontraram-se com as esposas dos presos políticos e saíram de automóvel do aeroporto em direção ao centro da capital. Mas quando não tinham percorrido nem dois quilômetros o carro foi cercado por "manifestantes claramente orquestrados."
O senador acrescentou que os agressores bateram nos vidros, "colocando em risco, em determinado momento, a vida daqueles que estavam ali." Para Aécio, o episódio dissipou qualquer dúvida que poderia haver quanto à escalada do autoritarismo no país vizinho. "No momento em que não aceita uma presença amistosa e pacífica de senadores brasileiros, é um sinal de muita gravidade", comentou. "E, mais do que isso, o governo brasileiro tem de demonstrar de que lado está: da democracia e seus representantes ou do autoritarismo naquele país."
Além de Aécio, a comitiva de senadores barrada em Caracas contava ainda com Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD)..