"As medidas de busca e apreensão e, sobretudo, as medidas de prisão cumpridas na data de hoje são absolutamente desnecessárias e, exatamente por isso, ilegais. O Supremo Tribunal Federal já teve a oportunidade de reiterar, no âmbito da Operação Lava Jato, tratando dos mesmos pressupostos, que a prisão preventiva é uma medida de exceção e não deve ser convertida em uma antecipação de pena", afirmou a advogada.
Dora disse ainda que os executivos sempre colaboraram com as investigações e que não há nada que sugira a necessidade "de uma medida de força como a que foi duramente imposta hoje". "Havia alguma notícia de que alguém procurava fugir, de que alguém destruiu prova?", questionou. "A situação aqui é o oposto disso. Todos os executivos que hoje se encontram presos já prestaram depoimento", acrescentou em pronunciamento há pouco no qual a imprensa não pôde fazer perguntas.
Segundo a advogada, a Odebrecht possui um dos "mais rigorosos códigos de conduta" do País e já havia uma investigação interna em curso "há vários meses". "Não há fato novo e isso é fundamental. A decisão congrega uma série de elementos de diversos inquéritos em curso", disse, destacando que muitos já foram esclarecidos em depoimentos.
"Aqui fica o registro de que a empresa e seus executivos têm orgulho de sua trajetória e que é fundamental que não tenham que confessar aquilo que não devem para que possam resgatar sua liberdade.