Em entrevista à rádio local, a segunda vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Tania Díaz (PSUV), afirmou que a presença dos senadores visava isolar o país e sabotar as tentativas de integração na região.
Em nota publicada ontem (19), o presidente da Comissão de Política Exterior da Assembleia, Yul Jabour, do Partido Comunista da Venezuela (PCV), classificou a iniciativa dos senadores como uma ingerência nos assuntos internos.
A reação pró-governo Maduro ganhou espaços em veículos de comunicações estatais, rádios locais e site oficiais do governo venezuelano. A página do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela deu destaque ao longo de todo o dia à nota do Comité de Víctimas de la Guarimba publicada na véspera do desembarque dos parlamentares brasileiros. No documento, o grupo também condena a passagem dos senadores por Caracas.
Integrante da comitiva de grupos de movimentos sociais brasileiros de passagem por Caracas, o deputado João Daniel (PT-SE) deu entrevista ontem à Asamblea Nacional Televisión. Acho que os senadores poderiam vir e ver os dois lados. Eles vieram para fazer um ato político contra o governo da Venezuela, o que é lamentável.
Contraponto
Integrante da legenda Proyecto Venezuela (PV), opositora ao governo Maduro, o deputado Carlos Eduardo Berrizbeitia rebateu os colegas. Sou totalmente a favor da vinda deles (comitiva brasileira) e critico o embaixador brasileiro (Ruy Pereira) que, como representante do Brasil, deveria ter sido mais enérgico no pedido de proteção.
A comitiva, liderada pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores, foi hostilizada por manifestantes pró-Maduro em sua chegada ao país. Decidiu voltar ao Brasil após o incidente e transtorno com engarrafamento. Os senadores pretendiam visitar presos políticos de oposição a Maduro. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..