"Não há informações suficientes sobre as condições da prisão dos empresários", disse. Para o parlamentar petista, o melhor seria aguardar o depoimento dos empresários para Polícia Federal, reunir informações e somente então, caso fosse de fato necessário, se convocariam os executivos para maior esclarecimentos. "Há uma fila de requerimentos. Há muito o que ser ouvido. Não faz nenhum sentido aumentar ainda mais a lista de atividades", disse.
O presidente da CPI discorda. "Para nós não há nenhuma dificuldade em levá-los para serem ouvidos. Foi assim com outros empresários, será assim com eles", disse o presidente da CPI.
Os presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram presos pela Polícia Federal sexta-feira na nova etapa da Operação Lava Jato e foram motivadas por pagamento de propina no exterior, via offshores. As duas empresas haviam sido citadas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. Na operação, batizada de Erga Omnes, outros 10 executivos foram presos.
O petista Prascidelli lembrou que a convocação de outros executivos não trouxe nenhum resultado prático. "Esse movimento é feito apenas por deputados que querem transformar a CPI em palco, querem ter seu minuto de fama", avaliou. "A CPI não pode ficar a reboque de prisão de um ou outro", completou. Para ele, a CPI está longe de exercer um papel de protagonismo. "Os trabalhos correm atrás do que foi feito pelo Ministério Público. E o pouco que será reunido pela CPI será também remetido para o MP", disse.
Do lado oposto, Júlio Delgado (PSB-MG) quer pressa nos trabalhos da CPI.