"Quando aparecem novas questões, novos fatos apresentados, se estabelece o contraditório. A parte que está sendo investigada não pode ser apenada ou julgada sem que se pronuncie", disse o conselheiro. O ex-ministro da Secom terá 10 dias para apresentar as informações solicitadas pela comissão.
No mês passado, a comissão já havia solicitado esclarecimentos ao jornalista, depois de a Secom ter se pronunciado sobre o episódio. "A secretaria retornou com novas informações e novos documentos, daí portanto foi reaberto o prazo de vista para o ex-ministro", afirmou o conselheiro. "Tá se investigando toda aquela problemática."
Goleada
O documento produzido pela Secom afirma que os apoiadores da presidente estavam levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais. O texto apontava como saída o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad e que virou o epicentro das manifestações contra Dilma.
De acordo com o texto, "a guerrilha política precisa ter munição de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele".
O processo para apurar a conduta de Traumann foi instaurado em 24 de março.
Como já deixou o cargo, a única sanção cabível contra Traumann é uma censura ética, que, na prática, funciona como uma espécie de "mancha no currículo"..