O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou a data da viagem na tribuna do Senado nesta segunda-feira, 22.
"Como comissão oficial do Senado, os senadores que foram a Caracas deveriam ter papel equilibrado, de bombeiros, não de incendiários. Faltou isenção e imparcialidade diante de uma situação delicadíssima na Venezuela", afirmou Lindbergh.
A comitiva da Comissão de Relações Exteriores do Senado que desembarcou na capital venezuelana na última quinta-feira tinha como objetivo visitar opositores do governo Nicolás Maduro. Mas o grupo de senadores não conseguiu chegar ao presídio onde está detido o líder oposicionista Leopoldo López e retornou ao Brasil no mesmo dia.
Segundo Lindbergh, o novo grupo de senadores vai tentar conversar tanto com representantes do governo quanto da oposição, a começar pelas mulheres dos presos e o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles (que é opositor ao governo de Maduro).
Além do petista, devem viajar à Venezuela os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Telmário Mota (PDT-RR).
Chapa-branca
Aécio criticou a iniciativa anunciada hoje e chamou a nova comitiva de "chapa-branca". O tucano também rebateu as críticas de que deveria ter procurado, antes de ir à Venezuela, estabelecer contato com representantes do governo de Maduro.
O tucano disse ainda que não é verdadeira a informação de que eles haviam sido avisados previamente pela diplomacia brasileira de que o embaixador Rui Pereira não iria acompanhá-los nas atividades previstas em Caracas. Segundo Aécio, ele só soube disso quando chegou ao país vizinho e, mesmo assim, o embaixador havia dito que um conselheiro do corpo diplomático iria acompanhá-los, algo que não aconteceu.
O senador do PSDB rechaçou também a possibilidade de integrar a nova comitiva, como chegou a sugerir Lindbergh. "Isso não tem sentido. Chega a ser risível.