Pelo novo texto, pedidos para adiamento de votação de projetos serão imediatamente submetidos à decisão do presidente da Casa, sem que haja espaço para discussão, encaminhamento ou declaração de voto – ao contrário de como é feito hoje. Além disso, o projeto determina que, uma vez que o requerimento seja indeferido, não poderá ser apresentado novamente no prazo de 30 dias. “Não vamos deixar de jeito nenhum. Isso atende exclusivamente a vontade do Executivo no momento em que virão para a Casa o plano diretor e a lei de ocupação do solo”, afirmou Pedro Patrus (PT).
Já Wellington Magalhães disse que a intenção não é essa, mas de evitar que a pauta de votações fique travada por causa de disputas internas.
A questão pode ir parar na Justiça. Segundo Patrus, caso a proposta siga adiante na Casa, os vereadores insatisfeitos podem procurar o Ministério Público.
Outro ponto das mudanças propostas está relacionado a marcação de presença dos vereadores. Atualmente, basta o parlamentar marcar uma vez o ponto – independentemente de sua permanência no plenário - que fica comprovada a sua ida à Câmara. Com a nova proposta, ele só ganha o dia se permanecer até o fim dos trabalhos e registrando a presença toda vez que a verificação de quórum for solicitada. Segundo Magalhães, só serão abonadas as faltas por questões de saúde e quando o parlamentar estiver representando o parlamento em alguma atividade. Tudo isso devidamente justificado.
A distribuição do tempo de fala dos vereadores também sofrerá mudanças. A quantidade de minutos necessários para discutir as proposições sobe de 5 para 10 minutos. Já a solicitação para revisão da ata cai de três para um minuto.