"Conheço fisicamente o Vaccari. Mas sempre tive uma relação com ele normal, ordinária, dentro do partido. Nunca tive nenhuma intimidade com o Vaccari. Até estranhei eu ser arrolado como testemunha de defesa. O que faço, evidentemente, com muito prazer, mas não sei em que posso colaborar com esse processo", disse o ex-ministro ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato.
"Fui, na verdade, eleito maneira indireta, não foi através de um processo de eleições diretas naquela oportunidade. O presidente José Genoino renunciou e eu fui eleito pela executiva para presidir o partido naquele período de transição. Não houve nenhuma modificação de lá para cá", disse o ex-ministro.
"Eu determinei naquela oportunidade que todas as movimentações de arrecadação que fossem feitas, fossem anotadas quem é o responsável, para quem vai pedir e apontar a legalidade desse relacionamento.
Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba, base das investigações da Lava Jato. O ex-tesoureiro é réu nesta ação penal, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de desvios na Petrobras, investigado e desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.
"Nunca ouvi falar nada em desabono ao Vaccari. Nem comentários positivos ou negativos, porque a função de tesoureiro ou diretor de finanças é técnica. Eu não lembro do Vaccari ter participado de debates políticos dentro do partido", afirmou Genro.