O ex-ministro da Justiça nos governos do ex-presidente Lula e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), prestou depoimento à Justiça Federal na segunda-feira, 23, no âmbito da Operação Lava Jato, como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Em cerca de 9 minutos, ele respondeu a diversas perguntas e afirmou ser filiado ao PT 'com muito orgulho'.
"Fui, na verdade, eleito maneira indireta, não foi através de um processo de eleições diretas naquela oportunidade. O presidente José Genoino renunciou e eu fui eleito pela executiva para presidir o partido naquele período de transição. Não houve nenhuma modificação de lá para cá", disse o ex-ministro.
"Eu determinei naquela oportunidade que todas as movimentações de arrecadação que fossem feitas, fossem anotadas quem é o responsável, para quem vai pedir e apontar a legalidade desse relacionamento. Mas eu fiquei apenas, se não me equivoco, 9 meses, 8 meses na presidência do partido. Não sei se essa regra depois foi mantida."
Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba, base das investigações da Lava Jato. O ex-tesoureiro é réu nesta ação penal, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de desvios na Petrobras, investigado e desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.
"Nunca ouvi falar nada em desabono ao Vaccari. Nem comentários positivos ou negativos, porque a função de tesoureiro ou diretor de finanças é técnica. Eu não lembro do Vaccari ter participado de debates políticos dentro do partido", afirmou Genro